quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

1 de Janeiro - Dia Mundial da Paz

O significado da paz

Era uma vez um rei que ofereceu um avultado prémio ao artista que pintasse o quadro que melhor representasse a paz. Muitos foram os artistas que tentaram e enviaram o seu quadro. Depois de olhar demoradamente para todos os quadros, o rei disse que gostava de dois deles e que teria de escolher entre ambos.
Um quadro retratava um lago sereno. O lago era um espelho perfeito das altas e pacíficas montanhas à sua volta, encimado por um céu azul com nuvens brancas como algodão. Todos os que viram este quadro acharam que ele retratava na perfeição a paz. A paz era aquilo!

No outro quadro também se viam montanhas. Mas eram montanhas escarpadas e calvas.
Sobre elas, havia um céu ameaçador do qual caía chuva, e no qual brincavam relâmpagos. Da encosta da montanha caía uma forte cachoeira que não parecia nada pacífica. Mas, ao lado da cachoeira, o rei viu um pequeno arbusto crescendo numa fenda da rocha. No arbusto, um pássaro havia feito o seu ninho. Ali, no meio da turbulência da água feroz, instalara o seu ninho.

Qual dos quadros terá ganho o prémio?

O rei escolheu o segundo. E porquê? Porque “ Paz não significa estar onde não há problemas, onde não há barulho, onde não há trabalho, onde não há dureza. Paz significa estar no meio de tudo isso e ainda assim estar calmo no seu coração. É esse o significado real da paz.”

Sejamos também nós capazes de ter o nosso coração em paz!

Feliz 2009!

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Um Santo Natal

Que o Natal nos devolva ao essencial que "é invisível para os olhos" e está perdido algures no meio de tanto supérfluo!


sábado, 20 de dezembro de 2008

Boas leituras, bons presentes!




Eis algumas sugestoes para miúdos e graúdos.

Sonhos de Natal, de António Mota

Contos de Um Mundo Com Esperança, de Isabel Alçada, Matilde Rosa Araújo, José Jorge Letria, Margarida Fonseca Santos, Ana Maria Magalhães e Luísa Ducla Soares

Ninguém dá prendas ao Pai Natal, de Ana Saldanha

A Voz do Coração, de Rosa Lobato Faria

Hoje é Natal, de José Vaz

Natal! Natal!, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

A Noite de Natal, de Sophia de Mello Breyner Andresen

O Bando dos Quatro – Um Estranho Natal, de João Aguiar

O Mistério do Natal, de Jostein Gaarder

Cartas do Pai Natal, de J.R.R.Tolkien

Gloria in Excelsis –Histórias Portuguesas de Natal, antologia de Vasco Graça Moura

Natal…Natais – oito séculos de poesia sobre o Natal, antologia de Vasco Graça Moura

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Em 19 de Dezembro nasceu …

Alexandre O'Neill, poeta português
(1924 – 1986)

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim.

Em 19 de Dezembro nasceu …





Édith Piaf, cantora francesa
(1915-1963)



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Os direitos inalienáveis do leitor


1. O direito de não ler.
2. O direito de saltar páginas.
3. O direito de não acabar um livro.
4. O direito de reler.
5. O direito de ler não importa o quê.
6. O direito de amar os “heróis” dos romances.
7. O direito de ler não importa onde.
8. O direito de saltar de livro em livro.
9. O direito de ler em voz alta.
10. O direito de não falar do que se leu.
Como um Romance
Daniel Pennac

Assim sendo, aqueles que ainda não nos leram invocarão o 1º direito; quem já nos leu, mas nada disse, invocará o 10º direito!
Somos pacientes e sabemos que em breve irromperão por aqui!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Declaração Universal dos Direitos Humanos

A 10 de Dezembro de 2008 assinalam-se os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
E porque não é demais relembrar...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Navegar em segurança


É urgente informar e actuar!

“Riscos” e “benefícios” são faces de uma mesma moeda. Sempre assim foi, já que dificilmente poderemos ter uns sem os outros. Hoje, a segurança dos internautas em geral, mas sobretudo das crianças e dos jovens, mobiliza a atenção da sociedade, implicando de forma mais directa as famílias e as escolas. Com efeito, ao estímulo para a utilização das novas tecnologias terá de juntar-se a informação não só sobre as suas potencialidades, mas também sobre os riscos que lhe estão associados. Não se trata de desencorajar, mas sim de promover hábitos de segurança através de regras elementares.
Em 1999 (e atente-se na evolução registada desde então, no que respeita a novas ferramentas e a número de utilizadores), no relatório final de um programa piloto financiado pela Comissão Europeia em 1999, no âmbito do seu Plano de Acção Para a Utilização Segura da Internet, as preocupações com os perigos associados à utilização da Internet por crianças e jovens eram, à altura, designados de Os três C’s, por se reportarem a conteúdos impróprios, contactos suspeitos e comércio abusivo.
Decorridos quase dez anos, há que falar de comportamentos irresponsáveis e/ou compulsivos (redução da sociabilidade, redução do aproveitamento escolar, dependência até) e de copyright (violação dos direitos de autor).
Como actuar? Conseguiremos fazer uma análise desapaixonada e objectiva desta situação? Conseguiremos ser sensatos de forma a que o reforço das precauções não se traduza numa utilização em ambientes menos controlados? Mais um desafio a exigir concertação entre pais e educadores!