quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Escrever + ... depois de Ler + ?

"Acho que fazia sentido, politicamente, desenvolver também um Plano Nacional de Escrita", declarou o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, na conferência de abertura da 10ª edição do encontro literário de expressão ibérica Correntes d'Escritas, que decorreu entre 11 e 14 de Fevereiro, na Póvoa de Varzim.
"O Plano Nacional de Leitura é um êxito e acho que talvez fosse possível fazer um Plano Nacional de Escrita, isto é, empenharmo-nos em também ensinar a escrever às pessoas que estão na primeira classe, na segunda classe, na terceira e na quarta classes e, depois, durante todo o secundário", acrescentou.
Afirmando ainda que "Tudo começa aqui, na escrita. É através da escrita que se guarda e conhece a história da humanidade", o ministro veio deste modo juntar a sua voz àquelas, e são muitas, que têm vindo a defender uma intervenção concertada no que à escrita diz respeito, já que queremos lei(escri)tores competentes.
"Quem lê e não sabe escrever é mudo."
Carlo Dossi

"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão"
Cesare Pavese

"Um homem não pode bem escrever se não gostar um pouco de ler."
Clément Marot

"É a escrever mal que se aprende a escrever bem."
Samuel Johnson

"Escrever é lembrar-se. Mas ler é também lembrar-se. "
François Mauriac

2 comentários:

Margarida Portugal disse...

Ora aqui está uma belíssima ideia. Execute-se!

A propósito, não resisto a partilhar um textinho que escrevi em Novembro de 1986.
Cá vai ele:

Cresci escrevendo e escrevendo cresci.
Foi a redacção das ideias e das vivências
que me fez de facto descobri-las
e acabar por as viver.
E mesmo depois de destruídas
(termina sempre no lixo o que redijo)
as coisas escritas permanecem,
como o pensamento,
que ao escrever se aperfeiçoa e descobre fecundo.

João Camacho disse...

Estou de acordo com o ministro. Pena que só agora alguém assuma politicamente esta necessidade... ainda por cima sem ser do Ministério da Educação.
E será que precisamos assim tanto de decisões superiores para (nós)apostarmos nas (nossas) escolas, com os (nossos) alunos?
Força. Contem comigo!