sábado, 2 de maio de 2009

Mães

Em mais um Dia da Mãe, não esqueçamos ...
Todos os anos, mais de meio milhão de mulheres morrem em consequência de complicações associadas à gravidez e ao parto, entre as quais cerca de 70.000 raparigas e mulheres jovens entre os 15 e os 19 anos,” afirmou Ann M. Veneman, Directora Executiva da UNICEF. “Desde 1990, as complicações decorrentes da gravidez e do parto foram responsáveis pela morte de cerca de 10 milhões de mulheres.”
Para uma mulher no mundo em desenvolvimento, o risco de morte associado à maternidade é de 1 em 76, risco que para as mulheres dos países desenvolvidos é de 1 em 8.000. Perto de 99 por cento das mortes globais decorrentes da gravidez e do parto ocorre nos países em desenvolvimento, onde ter uma criança continua a representar um dos mais sérios riscos para a saúde das mulheres. A grande maioria dessas mortes ocorre em África e na Ásia, onde as elevadas taxas de fertilidade, a falta de pessoal com formação adequada e a debilidade dos sistemas de saúde têm consequências trágicas para muitas mulheres jovens.




Mãe negra
A mãe negra embala o filho.
Canta a remota canção
Que seus avós já cantavam
Em noites sem madrugada.

Canta, canta para o céu
Tão estrelado e festivo.

É para o céu que ela canta,
Que o céu
Às vezes também é negro.

No céu
Tão estrelado e festivo
Não há branco, não há preto,
Não há vermelho e amarelo.
- Todos são anjos e santos
Guardados por mãos divinas.

A mãe negra não tem casa
Nem carinhos de ninguém...
A mãe negra é triste, triste,
E tem um filho nos braços...

Mas olha o céu estrelado
E de repente sorri.
Parece-lhe que cada estrela
É uma mão acenando
Com simpatia e saudade...

Aguinaldo Fonseca, poeta de Cabo Verde

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