sexta-feira, 24 de julho de 2009

A vírgula

A vírgula é frequentemente, injustamente diga-se, considerada inútil e por isso votada ao desprezo. Há mesmo quem faça questão de não usar tal ninharia ou, displicentemente, coloque uma aqui, outra ali, só para que não digam que não a conhece.
E a diferença que ela faz!

1 comentário:

Margarida Portugal disse...

Era uma vez uma vírgula aborrecida com a pouca consideração em que toda a gente a tinha. Nem sequer as crianças das escolas lhe davam importância.
Não gostava nada de ser apenas um pequeno sinal que se põe na escrita mas não se lê.
Um dia, cansada desta falta de apreço, a vírgula decidiu revoltar-se. E fê-lo da seguinte maneira: O presidente de uma grande nação escrevera nesses dias uma comunicação a um outro presidente de um grande país guerreiro, mandando a seguinte mensagem: "Paz não, vamos lançar os mísseis".
A vírgula, para mostrar que tinha importância, antes da mensagem chegar ao destinatário, mudou de sítio. E então a mensagem ficou assim: "Paz, não vamos lançar os mísseis".
Dando um pequeno salto, recuou uma palavra mudando de um sítio para o outro. A mudança modificou por completo o sentido da mensagem.
O Presidente adversário, ao ler a mensagem, percebeu que era o momento de fazer a paz.
E assim, por causa de uma vírgula, a paz foi possível.
(Autor desconhecido)

Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e caneta e escreveu assim:
Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna?
Apareceram quatro que se habilitaram à herança:

O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

A irmã chegou em seguida e pontuou:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa à sua sardinha e escreveu:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
(Autor desconhecido)

Assim é a vida! Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença.