sexta-feira, 19 de março de 2010

Ilse Losa

Ilse Lieblich Losa nasceu na pequena aldeia de Bauer, perto de Hannover, no norte da Alemanha, a 20 de Março de 1913.
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Aos 16 anos, devido às dificuldades financeiras da família após a morte do pai, Ilse partiu então para Londres para aperfeiçoar o inglês, tomou conta de crianças e frequentou uma escola inglesa.
De regresso à Alemanha, ameaçada pela Gestapo de ser enviada para um campo de concentração devido à sua origem judaica, abandonou o seu país natal e chegou a Portugal em 1934, fixando-se na cidade do Porto, onde viria a casar com o arquitecto Arménio Taveira Losa, adquirindo a nacionalidade portuguesa.
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Em 1943, publicou o seu primeiro livro O mundo em que vivi e, desde dessa altura, dedicou a sua vida à tradução e à literatura infanto-juvenil, tendo sido galardoada em 1984 com o Grande Prémio Gulbenkian para o conjunto da sua obra dirigida às crianças.
Em 1998 recebeu o Grande Prémio de Crónica, da APE (Associação Portuguesa de Escritores) devido à sua obra A Flor do Tempo.
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Colaborou em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, está representada em várias antologias de autores portugueses e colaborou na organização e tradução de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão para português alguns dos mais consagrados autores do seu país de origem.
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Faleceu a 6 de Janeiro de 2006 na cidade que a acolheu e onde viveu grande parte da sua vida.
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Algumas obras para (re)ler: O mundo em que vivi, Faísca conta a sua história, Grades brancas, Rio sem ponte, A flor azul, Ida e volta, Sob céus estranhos, Encontros no Outono, O barco afundado, Na Quinta das Cerejeiras, A visita do padrinho, Um artista chamado Duque, O Rei Rique e outras Histórias, O Senhor Pechincha e Outras Histórias.

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